segunda-feira, 19 de março de 2007

Olhos da noite



Somos os olhos da noite...

Dos que na vida viveram

e agora aqui se encontram

e contam o que sofreram.

Somos o pensamento da noite...

dos que não "podem pensar"

vivem calados no medo,

de se sentirem dementes.

Somos o coração da noite...

Dos que sofrem aqui deitados,

"sozinhos desamparados".

Somos as pernas da noite...

Dos que não podem andar,

dos que se lhe põem uma fralda,

porque "bebes vão ficar".

Somos o grito da noite...

dos que não podem falar

porque os fazem de "dementes"

que não "sabem sequer pensar"...

Somos o que não queremos...

por não podermos falar...

Somos a dor dum sofrer...

Só Amor podemos dar.

terça-feira, 13 de março de 2007

Libertei-me...


Libertei-me como mulher …
No pensamento,
no Amor…
Amor há vida,
Amor ao sol,
Amor á chuva,
Amor aos filhos,
amor a ti “meu Amor”

Caminhei no universo,
Na sombra da lua…
Encontrei o Sol…
Caminhei no sonho…
Á sombra do sono,
encontrei o real.

Caminhei na loucura do ser e …
Acabei por te ver.
Sentei…
senti a voz do coração
E essa voz mandou-me
Dar-te a mão.

Hoje voo no espaço real e
Sinto-te ao meu lado.
És tão especial…

Libertei-me como mulher
no pensamento,
no ser
e no sentimento…
Libertei-me,
vivo num universo
e num mundo
que agora conheço.

No pensamento
O real…
No coração,
Estas tu afinal…


O FOGO


O fogo que nos aquece no frio da noite e nos traz á mente desenhos imaginários de danças que algures dançamos no baile da vida.
Dançamos com o vento na brisa ou na tempestade...
Dançamos com a chuva a fustigar a janela, fazendo desenhos que morrem na imensidão da tempestade e ali, na lareira o fogo aquecendo as paredes e os pés que nos levam a caminhos jamais imagináveis.
Dançamos com o sol no crepúsculo da noite, na esperança do amanhã melhor, com o fogo iluminando nossa vida escura.
O fogo o alento dos que tem frio, dos que precisam de algo quente para beber ou simplesmente para nos aquecer a alma frio humano.
o Fogo a dança imaginaria do calor numa noite de luar....

segunda-feira, 12 de março de 2007

OÁSIS




Sou um grão de areia neste deserto da vida...
Encontrei um oásis
onde posso descansar e "matar" a sede de viver.
Oásis doce e meigo
que me acaricia o rosto,
dorido
do "vento agreste "duma vida
em deserto árido.
Oásis
que se encontra em todo e qualquer lugar,
entre as nuvens
e a bruma das manhãs…
Com um crepúsculo cheio de esperança
que o amanhã existe...
Oásis
que me acaricia o ser...